Um colega da faculdade me disse certa vez que não acreditava em Homeopatia, como se isso fosse questão de crença. Quando questionei sobre o fato de existirem exemplos de eficácia na medicina veterinária, visto que a explicação dele para o funcionamento em humanos baseava-se em efeito placebo, ele disse que era o efeito placebo no dono, que se tranferia, por algum tipo de indução, para o animal. Lendo em alguns sites na internet sobre as críticas à Homeopatia, encontrei a mesma teoria exposta como verdade absoluta.
É preciso só um pouco de bom senso para perceber que esta explicação é mais absurda do que dizer, sem nenhum conhecimento sobre o assunto, de que a Homeopatia funciona, ou não. Claro que tendo algum conhecimento dos fatos, não é difícil perceber que esta funciona.
De qualquer maneira, esta história me voltou à memória esses dias, quando uma amiga minha me ligou pedindo uma indicação sobre um caso de infestação de pulgas em cães recém nascidos. Estes ainda estavam com a mãe, que os amamentavam e que também sofria com os parasitas. Seguindo a indicação de Hahnemann, o medicamento foi administrado somente à mãe, pois o metabolismo de um lactente não responde corretamente aos medicamentos dados diretamente, mas tem uma boa resposta ao beber o leite da mãe tratada. Em alguns dias, ao questionar esta amiga sobre o estado dos filhotes, esta me respondeu que grande parte das pulgas haviam morrido, e as que ainda viviam estavam lentas, e era simples tira-las com a mão.
Voltando ao caso do meu amigo, o questionamento que fica é se eu consigo, através de placebo, influenciar as pulgas que, sabendo do tratamento, seriam induzidas ao suicídio. O tratamento alopático para pulgas consiste em envenená-las, e em nenhum momento considera a imunidade do animal como fator decisivo. Portanto, fica complicado para um crítico da Homeopatia explicar, por essa teoria, como houve tal indução.
Nota: Eu não expus qual foi o medicamento utilizado intencionalmente, para não criar idéias falsas sobre a Homeopatia. Mesmo que funcione em grande parte dos caso, não é em todas as circunstâncias que um medicamento resolverá problemas específicos, como o de pulgas. Dependerá, sempre, de fatores diversos, que podem alterar até a mais simples das indicações.
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