quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O Pseudo-ceticismo

"Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las."

Voltaire, filósofo francês, 1694-1778


Todos nós, humanos que ainda valorizamos mais as opiniões pessoais do que fatos, deveríamos agradecer quando encontramos resistência e críticas às nossas ideias. É justamente isso que faz com que nos dediquemos mais profundamente aos estudos, criando alicerces mais sólidos do nosso conhecimento na tentativa de contra-argumentação.

No dia 5 de fevereiro de 2011, ocorre no Brasil uma cópia do que já foi feito em Londres, algum tempo antes. É uma tentativa de suícidio com ingestão de grandes quantidades de medicamentos dinamizados, por parte de difamadores da técnica. Esses mesmos se intitulam céticos, mas não sabem sequer a definição do termo que usam.

Dentro do ceticismo científico, ao qual acham se aproximar, existe a necessidade de uma avaliação rígida e metodológica antes de se afirmar a veracidade ou não de seu objeto de estudo. No ceticismo, a dúvida e estudo rigoroso devem vir antes da negação, caso contrário estaremos lidando com o pseudo-ceticismo.

Ora, como a ingestão de medicamentos dinamizados, da maneira como farão, poderia ser considerado uma prova definitiva da falibilidade da Homeopatia, como desejam, se nem sequer segue os princípios básicos desta. Qualquer um que dedicou algumas horas de estudo à Homeopatia saberá que a vantagem terapêutica desta não se encontra nas dosses massivas de medicamento, como o é na Alopatia. É um erro, e do mais crasso, avaliar uma técnica sobre o paradigma de outra.

Poderemos ir mais fundo nesta análise. No site AteusdoBrasil, que apoia vigorosamente a iniciativa discutida em texto publicado dia 31/01/11, vemos como são desrespeitadas as premissas do ceticismo, já citadas, além de tentarem denegrir a opinião daqueles que discordam deles, de maneira desnecessariamente grosseira. Fica claro a falta de tolerância e diálogo que os mantêm afastados de observar as evidências do funcionamento da Homeopatia, mesmo se o for feito de maneira clara e incontestável.

Portanto, apesar deste exercício de reflexão ser importante para fundamentar a escolha pela Homeopatia, devo admitir que muito pouco foi exigido para a contra-argumentação, visto que em nenhum momento essas críticas, tão mal estruturadas, se colocaram ao lado de uma investigação séria e em conforme com o pensamento científico tão pregado e tão pouco praticado. Muitos são os estudos em prol da Homeopatia, mas é justamente por esta atitude de intolerância, muito difundida no meio acadêmico, que poucos tem a chance de serem amplamente divulgados.

4 comentários:

  1. Muito bom André!
    Divulgado em todos os canais!
    Bjks

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  2. Muito bom! Gostei muito do texto!

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  3. A homeopatia a muito tempo nao se presta mais a esse tipo de discussao ,pesquisas serias estao sendo feitas,desculpa mais alguns membros do blog poderiam se interar melhor dos avanços dos estudos em homeopatia vet.http://www.feg.unesp.br/~ojs/index.php/ijhdr/article/viewFile/89/78

    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19945676

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  4. Obrigada pelos textos anônimo. Seguimos a homeopatia de Hahnemann, ou seja, seguimos a Homeopatia, por isso somos homeopatas. As vertentes que se formaram, poderiam ao menos ter inventado outro nome, pois se a coisa se distancia do que disse Hahnemann fica difícil usar o mesmo nome né?
    Enfim, nosso blog é também para leigos, portanto escrevemos inclusive para eles então aqui nos prestamos às discussões que aparecem.

    Continue participando!

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