segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Farmácia homeopática - ponto fundamental

                      Ao ver essa figura o que lhe vem à mente? Figuras sem legenda podem levar a erros e alimentar mitos.

         Primeiramente gostaria de me desculpar pela demora em postar mais informações... A vida esteve e está corrida, ainda bem!
         Continuando a linha de raciocínio. Escolheram um ótimo médico, muito bem indicado e claro em suas colocações, seguidor fiel de Samuel Hahnemann. Então ele lhe dá uma receita e você sai do consultório para comprar seu medicamento. Em que farmácia vou??? AHHHH naquela farmácia de produtos naturais que vende florais, fitoterapia, homeopatia, vela e incenso. Muito cuidado com isso! Fico realmente preocupada quando vejo propagandas de medicamento dinamizado junto com plantas. Por mais que possa ser representativo das plantas que dão origem aos medicamentos, isso pode alimentar o mito de que fitoterapia é homeopatia.

         A primeira coisa a se estar atento é se a farmácia faz os medicamentos dinamizados (homeopáticos) na hora ou se eles já estão nas prateleiras. Jamais compre medicamentos dinamizados prontos (não vou entrar no mérito dos complexos, Welleda e afins, pois não se trata de homeopatia). Eles DEVEM ser feitos na hora. Não exatamente por haver algum problema em estocá-los, mas normalmente as pessoas não estocam corretamente, expondo estes medicamentos a diversos odores, luz inadequada, etc.

         O correto mesmo é seguir a indicação de seu médico (veterinário), pois ele tem a obrigação de conhecer a qualidade dos medicamento das farmácias que indica.
         Eu digo isso, porque cada medicamento tem especificações próprias de produção. E são diversos detalhes que devem ser observados.
            Dou um exemplo: 
         Existe um medicamento chamado Bryonia alba, proveniente de planta do mesmo nome. Entretanto, existe outra espécie que é a Bryonia dioica. Toda a experimentação foi feita com a primeira espécie, logo não faz sentido as farmácias usarem a segunda para fazer o medicamento. E sim, existem muitas farmácias que fazem isso.
          Outra coisa importante é a origem das plantas. É fato que o solo e as condições climáticas alteram a composição das plantas. É muito fácil observar isso no sabor de verduras na dependência do tipo de cultivo ou de sua origem. Portanto, se a Belladona usada na experimentação foi a silvestre européia, obviamente que os medicamentos produzidos devem ter por matriz a planta de mesma origem. Mas vemos muitas farmácias usando como fonte, plantações climatizadas e nacionais (no caso da Belladona). Para verificar se os efeitos seriam os mesmos, deveriam ser delineados experimentos nas mesmas condições encontradas por Hahnemann e dessa forma validar as plantas climatizadas. Enquanto isso não for feito de forma satisfatória, não podemos pensar que teremos resultado tomando um medicamento diferente daquele que o médico receitou.

        Vou explicar: Existem livros denominados "Matérias Médicas" que foram escritos com base nas experimentações feitas em pessoas saudáveis. Hahnemann, começou a fazer isso em si mesmo, com China.   Ele percebeu que ao tomar a substância, desenvolvia sintomas como se estivesse doente, e incrivelmente os sintomas que ele apresentava eram os mesmos que as pessoas que tomavam China tinham e que eram curados. Então ele começou a fazer isso sistematicamente com várias substâncias e anotar tudo. 
        Para escolher um medicamento para o quadro mórbido do animal (humano ou não), o médico verifica esses livros a fim de encontrar neles um medicamento que cause no animal os mesmos sintomas que ele têm naquele momento.    Agora imagina se você ou seu bichinho toma outra coisa??? Será que vai funcionar? E se não funcionar? O erro foi do médico ou da farmácia?

         Por isso: 
         Pacientes/clientes, sigam as orientações do médico para a compra do medicamento. 
        Médicos: sejam responsáveis em todas as etapas, conheçam muito bem as farmácias que indicam para que ela não seja um obstáculo ao tratamento.

        É mais ou menos isso.

        Abraços,

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Médico homeopata: PROCURA-SE

        Como prometido no post anterior, vou falar sobre o tripé que implica na realização do tratamento homeopático. Tudo que eu escrever aqui, pode ser usado tanto para médico humano como para veterinário. A única questão que difere é que é muito mais difícil achar um bom vet homeopata que um médico (que já é uma raridade), imaginem!!! Boa sorte na caçada! rs
        Outro mito popular muito disseminado, inclusive entre médicos e outras pessoas ditas "bem informadas" é que o indivíduo que toma remédio homeopático está se tratando com homeopatia. Péééééé! Errado!
        Primeiramente, o nome "medicamento ou remédio homeopático" traz uma idéia equivocada. O correto seria chamar de medicamento dinamizado, pois é isso que ele é. Uma substância, preparada de modo especial (descrito em livros) que passa por um processo específico de diluições e agitações sucessivas e fornece ao médico o efeito que ele precisa no tratamento. Para tratar um indivíduo homeopaticamente, o médico deve dispor de medicamentos que se assemelhem ao que ele quer curar. Sendo então a Energia Vital dinâmica e imaterial, ele precisa de um medicamento igualmente dinâmico e imaterial que é conseguido por meio da dinamização. A partir de hoje, escreverei medicamento dinamizado, ok? No início vou colocar entre parênteses para habituá-los ao nome.
        Daí já é possível perceber que o medicamento dinamizado (ou homeopático) é apenas uma ferramenta do médico homeopata e não a homeopatia em si.
        Com esse exemplo tão basal, podemos notar o quanto a sociedade está longe de entender o conceito de homeopatia, mas todo esforço é válido para este objetivo!
        Por isso, existem algumas características que ajudam a pessoa leiga (em homeopatia) a identificarem o tripé e a avaliarem se as coisas estão indo de acordo ou não.
        O tripé se trata de: um bom médico, uma boa farmácia e o uso correto dos medicamentos. Seguem as observações pertinentes:

        1) Bom médico: Existe um texto belíssimo escrito por Hahnemann que descreve O Bom Médico. Lendo esse texto, pude notar que atualmente é muito difícil achar esse ser em extinção. Principalmente porque os parâmetros que as pessoas usam para avaliar um bom médico hoje, são bastante materialistas e já se distanciaram por demais do ideal.
Vou colocar o trecho aqui e, como se trata de utilidade pública, peço que espalhem este conceito! E se acharem que ele está errado, comentem!


 "                                                     COMO DEVE SER UM BOM MÉDICO

                                                              SAMUEL HAHNEMANN (1755 - 1843)
     "Escolhei de preferência um médico que jamais se mostre grosseiro, que nunca se irrite, salvo a vista de uma injustiça; que não desdenhe de pessoa alguma, salvo dos lisonjeadores; que tenha poucos amigos, mas por amigos, homens de coração; que deixe aos que sofrem a liberdade de se lastimarem; que jamais emita opinião sem prévia reflexão; que prescreva poucos medicamentos, a maioria das vezes um único, e em substância; que viva modestamente e retirado, afastado do ruído da multidão; que não dissimule o mérito de seus confrades e não faça auto-elogio; enfim, um amigo da ordem, da tranqüilidade, um homem de amor e de caridade.
     Antes de escolherdes um médico observai como ele se comporta com os doentes pobres e se, em seu gabinete, quando está só, se ocupa com trabalhos sérios."                                                        (trecho de carta escrita por Hahnemann em 1795 a um príncipe alemão).                                                "



        Notaram como é SUPER FÁCIL encontrar alguém assim??? De qualquer forma, é possível! E se as pessoas começarem a buscar isso e exigir isso, não teremos nada mais que exatamente isso... O que acontece é reflexo do que buscamos.
        Fora o fato de encontrar um bom médico, ele deve saber o que faz... Portanto, se alguém disser que é homeopata (vet ou não) e não souber o Organon de trás pra frente, não souber quem foi Hahnemann, não citá-lo nas conversas que vocês terão, não prescrever apenas um medicamento por vez, não souber de onde está saindo e para onde vai com seu tratamento e, dentre muitos outros fatores, o principal: não usar APENAS medicamentos dinamizados (ou homeopáticos).... CORRA!!! Você está diante de uma pessoa mais perdida que você. 
         Não estou aqui dizendo que o tratamento não funciona do ponto de vista do "desaparecimento" dos sintomas (lembra do Lavoisier?), mas estou dizendo que ele não está sendo homeopata... E se você busca a homeopatia, não se deixe enganar!
         Também não estou dizendo que se trata de um charlatão, mas muitas vezes de uma pessoa tão leiga em homeopatia quanto você. Muitas vezes, sem saber muito bem, ele foi atrás da vontade de tratar os pacientes de forma mais efetiva, mas encontrou as pessoas erradas no caminho dele, e aprendeu a coisa errada. Não o eximo da culpa de cegueira voluntária, mas não o culpo de charlatanismo. Por que cegueira voluntária? Porque uma pessoa que faz a diferença para o mundo é munida ao menos com umas três pulgas atrás das orelhas e não aceita tudo o que lhe vomitam sem ir consultar, sem questionar, sem estudar ativamente.
        Seguem algumas perguntas interessantes que você poderá fazer no momento que for ao médico homeopata para se certificar que ele segue alguma linha séria de tratamento: 
         a) Que linha da homeopatia o Dr. segue? 
         b) Por que eu não vou tomar apenas um medicamento de cada vez como disse Hahnemann?
         c) Porque o Dr. usa um computador pra achar meu medicamento?
         d) Devo vacinar-me ou a meus filhos? Sim? Por quê? Não? Por quê?
         Acredito que com essas perguntas, já será possível triar bem!
         Caso faça perguntas assim e receba respostas interessantes, venha publicar, para que realmente saibamos esses motivos!

       2) Boa farmácia: essa fica para o próximo post! Senão é muita informação! E também me dá um tempo pra falar com quem entende mais que eu hehehe

Abraços fraternos!


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Mas porque tanta demora pra ter um resultado???

        Essa é uma questão que acompanha a Homeopatia como crença. Pra 90% das pessoas que falo sobre homeopatia, a primeira observação que fazem é: mas o tratamento é demorado!
        Então vou escrever umas coisas que esclarecerão esse fator "demora" e derrubará (ou esse é o objetivo) esse mito.

                                                      

        Existem, em termos gerais, dois tipos de doença: as agudas e as crônicas.

        As doenças agudas têm um curso definido, ou seja, têm começo, meio e fim. O fim pode ser a cura ou a morte (sem estímulo medicamentoso ou qualquer outra intervenção). Como qualquer outra doença (ou desequilíbrio), ela mina as energias do ser vivo, gasta mesmo, mais que o curso de vida normal. Essa conta só perceberemos lá no fim da vida. Esse tipo de doença precisa de intervenção rápida e também dá uma resposta rápida.
        Quando se trata uma doença aguda com a Homeopatia (lê-se aqui, escolha do medicamento e forma de administração corretos, realmente homeopáticos), o resultado se dá rapidamente.
        Darei meu próprio exemplo: quando grávida do meu primeiro filho, eu ainda não ia regularmente ao médico homeopata como hoje. Fazia o pré-natal num hospital, com um médico tradicional. No 5º mês, eu tive 2 cólicas renais. Na primeira, fui direto ao hospital e lá me administraram o protocolo para cólicas renais (não vou citar aqui). A dor insuportável passou, mas fiquei com uma sede horrível, enjôo e uma sensação de dolorimento na região dos rins. Passou. Na segunda cólica, eu me neguei a ir ao hospital e localizei meu médico que passou um medicamento homeopático de emergência (todo paciente deve ter uma farmacinha de emergência). O modo de uso desses medicamentos normalmente é em plus, ou seja, diluem-se os glóbulos ou gotas em meio copo d'água e toma-se uma colher de chá a cada 10 minutos em um intervalo de tempo (30 minutos ou 1 hora, o médico deve decidir). Na primeira colherada, eu tive um pequeno aumento na dor (agravação homeopática que precede e indica a cura), na terceira colherada, ou seja, 20 minutos depois de começar a tomar o medicamento, eu, que estava deitada no chão rolando de dor (quem já teve cólica renal sabe do que estou falando), levantei sem dor alguma. Se para vocês 20 minutos não é rápido, não sei o que pode ser. O melhor é que não havia sequer sombra da dor que eu estava sentindo.    Como dizia minha avó: tirou com a mão!
        Isso foi a junção de doença aguda + bom médico + medicamento correto em frequencia e diluição corretos = cura.

        As doenças crônicas são aquelas sem curso definido, ou seja, não é possível prever se será curada sozinha. Ela se arrasta por anos, levando o paciente a sofrimentos periódicos e períodos de falsa sensação de saúde.
        Atualmente, consideramos que grande parte da população humana e animal (domiciliado) sofre de doença crônica. Ela, diferente do que pensam muitos, não está ligada aos hábitos, mas sim às características genéticas dos indivíduos (desenvolvimento inadequado de órgãos determinado por genes) + estímulos imateriais que desequilibram a energia vital suscetível (ondas de transmissão de sinal de celular, por exemplo) + estímulo material (qualquer agente ou corpo estranho, até mesmo as próprias células do indivíduo). Diante desse quadro de baixo estímulo, o corpo entra em ação por meio do Sistema Imunológico para combater o que está errado, mas o sinal é baixo e o sistema imune não consegue "enxerga-lo" apropriadamente para desenvolver uma proteção eficiente. Então fica produzindo sintomas desagradáveis e ineficientes toda vez que se vê atacado. Daí surgem aquelas dores de cabeça periódicas, ataques de ansiedade, problemas urinários, dores no estômago, diarréia, problemas cardíacos, etc. Todo sintoma corporal desagradável é resultado da ação inadequada do sistema imune. Quando não há resposta imunológica, não há sintoma, por isso, não sentir coisas desagradáveis pode não ser uma coisa muito boa, tudo depende do histórico de saúde da pessoa ou do animal. Também não quer dizer que devemos nos sentir mal para pensarmos que estamos bem, certo? O ideal é que o estímulo seja suficiente para que o Sistema Imune o localize, e enxergue direitinho para que desenvolva a proteção adequada contra o que estava errado e, dessa forma, resolva o problema.
        Entretanto, uma doença tão arraigada e desenvolvida durante anos certamente não desaparecerá (mesmo porque Na natureza nada se cria, nada se perde; tudo se transforma segundo a lei do nosso amigo Lavoisier) de uma hora para a outra. O tratamento tomará mais tempo, mas isso de nada se diferencia de outros tratamentos, pois indo a um médico convencional para tratar de uma dermatite atópica com asma você obterá a notícia de que precisará tomar os remédios pra vida toda. A vida toda pra mim demora muito, então novamente, dizer que a homeopatia demora pra funcionar, é repetir uma crendice popular sem pensar.
        Vou contar um caso veterinário: por 2 anos tratei um cão com problemas comportamentais. A guardiã do cão havia me chamado como adestradora no início, mas com todas as técnicas corretamente utilizadas por mim e por ela, não houve sequer uma melhora. Então propus um tratamento homeopático. O cão era "traiçoeiro", ou seja, mordia as visitas sem aviso. Ia chegando como amigo e de repente, NHAC! Ainda bem que é só um Lhasa Apso! toda vez que alguém chegava ele mordia. Isso era o principal, mas ele apresentava outros problemas como ansiedade de separação e lambedura de patas. Da última vez que fui lá, depois de longos 2 anos trocando medicamentos e formas de administração quando era oportuno, e com o auxílio da querida guardiã dele, Thor estava com cara de cachorro feliz!  Pedia carinho e já não lambia mais as patas. Antes ele tinha cara de psicopata!
        Isso não quer dizer que ele não vá mais ficar doente, mas é muito provável, que frente a um desequilíbrio, ele responda agora com um problema mais externo (pele, intestino, estômago) e pouco provável que o desequilíbrio atinja novamente o cérebro dele.
            Quando, além da doença natural, existe a doença medicamentosa, o tratamento fica mais demorado, pois esta última é artificial e ligada à presença do medicamento que foi utilizado inadequadamente no organismo. E são doenças medicamentosas qualquer uma causada por doses excessivas de uma substância dada sem fim curativo (corticóides, por exemplo).
        Isso direi sempre que oportuno. Um tratamento homeopático só poderá ocorrer sob o tripé: bom médico homeopata (humano ou veterinário), boa farmácia e correta utilização dos medicamentos. Fora desse cenário podemos ter qualquer coisa que não Homeopatia.

        Ok. Então COMO identificar tais características? Podemos deixar isso para a próxima!

Abraços!!!
Alessandra

terça-feira, 26 de outubro de 2010

KPC - As Super-Bactérias

http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/10/risco-de-infeccao-por-superbacteria-esta-dentro-da-media-diz-anvisa.html

         Primeiro algumas perguntas, que não poderiam faltar para um crítico:
        1) Nenhum antibiótico mata a KPC, mas álcool gel mata? Ou essa obrigatoriedade teria outro objetivo?    Ou como a prática de limpar as mãos com álcool gel poderia contribuir no impedimento da disseminação da tal bactéria.
        2) As bactérias matam? E o Sistema Imune? Pra quer servem as barreiras naturais do corpo? Qual o papel delas no complexo Doença X Cura?
        3) "Em geral, o corpo humano é habitado por milhares de bactérias, que nem sempre fazem mal à saúde. O uso indevido de antibióticos é responsável pelo fortalecimento e pela mutação de algumas bactérias, que se tornam imunes aos antibióticos." (trecho retirado dessa notícia: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/anvisa-orienta-estabelecimentos-de-saude-sobre-kpc). Existe um abismo enorme e vazio entre uma frase e outra: o corpo humano é habitado por milhares de bactérias sim, ok. Que nem sempre fazem mal à saúde??? Se elas realmente em algum momento podem fazer mal à saúde, porque exatamente isso ocorre? Elas decidem um momento para fazer mal? Qual o real papel delas no organismo vivo?
        O uso indevido de antibióticos é responsável pelo fortalecimento....??? Se os antibióticos de amplo espectro realmente matam bactérias, então tornam o corpo de que os toma estéril? Em que isso implica na manutenção do equilíbrio interno? (essa resposta depende diretamente da fornecida sobre o papel das bactérias no organismo).
        Antibióticos são realmente capazes de matar bactérias dentro do organismo vivo?
        Para quem não sabe, o teste direto de antibiótico sobre bactérias é feito numa placa, bem longe do organismo complexo que somos nós e os vegetais, pluricelulares (muitas células juntas). Depois é feito em cobaias, mas ninguém vê os cadáveres das bactérias ou qualquer outro indício de que elas foram realmente mortas pelo antibiótico. Tudo isso é pautado em indícios: bactérias antes - antibióticos - sem bactérias depois. Vamos dar outro exemplo: Um galpão velho, abandonado. Lá dentro acontecendo coisas estranhas, barulhos, gritos. A polícia cerca. Hipótese de haver fantasmas lá dentro. Um grupo de policiais entra e se ouvem gritos, gemidos. Os policiais somem pra sempre... Dali um tempo sai um grupo de jovens lá de dentro, todos com cara de "o que está acontecendo???"
        Diante desse exemplo ridículo, vamos afirmar que os jovens sumiram com o grupo de policiais??? Esse é o desfecho??? E porque o desfecho do sumiço das bactérias no organismo é: ação do antibiótico? Só porque ele matou bactérias na placa de teste laboratorial?
        Coisas para se pensar:
        Vivemos numa sociedade que nos incute a idéia de que somos incapazes (veja o post do Monty Phyton), da mesma forma nosso organismo é incapaz de se proteger, nosso sistema imune não é suficiente, então é necessário um estímulo externo que mate a causa externa de doença. Não somos capazes porque somos inocentes... É culpa da bactéria, é culpa dos vírus, é culpa do verme e não do meu corpo desequilibrado por uma fraqueza própria, intrínseca, ou por hábitos de vida inadequados.
        Eu não vou ficar aqui descrevendo as diferenças entre pensamento mecanicista/organicista do pensamento vitalista/holista, não agora, mas gostaria muito que todos pensem consigo sobre os questionamentos levantados. Levem isso ao médico e se possível postem as respostas aqui, para que saibamos exatamente o que leva ainda multidões a acreditarem que álcool gel mata bactéria que todos os antibióticos (tão poderosos) não conseguem matar...
       Abraços!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Vacinas: V8, V10, V11,...., V30



        Boa tarde! Sou Alessandra e agora também faço parte das pessoas que postarão nesse blog! É bom compartilhar desse espaço.

        Um pouco lá atrás, o André comentou sobre vacinas, principalmente a H1N1. Agora venho comentar especificamente sobre as vacinas que são usadas em nossos animais, principalmente cães, pois os dados podem ser extrapolados para as outras espécies.

        Para quem é leigo, pode questionar o veterinário e para quem é veterinário, pode colocar a mão na consciência e ao menos questionar a si mesmo.

        Lá na graduação, quando ainda estamos aprendendo as disciplinas básicas: imunologia, fisiologia, bioquímica,... Dentre as soníferas aulas de imunologia aprendemos que para que um ser vivo desenvolva imunidade contra um agente qualquer, ou seja, para que o corpo fique imune a uma bactéria, vírus, etc. de forma  eficaz, duradoura, é necessário que o estímulo seja forte o suficiente e causado por UM AGENTE DE CADA VEZ. Além disso existem todas aquelas histórias de imunidade cruzada e falha de imunidade. Outra coisa é que se o organismo está doente já, não é possível que ele, se apresentado a outro estímulo, venha a desenvolver imunidade contra o mesmo, pois o sistema imune já está tomando conta de um assunto mais antigo. Trocando em miúdos podemos realmente comparar o Sistema Imune a um exército coeso, inseparável. Onde vai um, vão todos já que cada componente dele tem um função específica e sozinho não consegue resultado algum. Então, fazendo o raciocínio de quem defende a vacinação, vejam que não estou falando de homeopatia nem fazendo apologia à não vacinação, estou apenas questionando a coerência de uma atitude, será que introduzindo ao mesmo tempo 8 ou 10 agentes no organismo de um cão, conseguiremos uma proteção eficaz para qualquer um dos agentes? Ou será que o "exército" focará um em detrimento do outro? Ou será que para nenhum dos agentes haverá uma quantidade suficiente de anticorpos?

         O protocolo de vacinação para raiva no Instituto Pasteur, onde tive que ser vacinada para um estágio no Centro de Triagem de Animais Silvestres situado no Manequinho Lopes, Ibirapuera, é o seguinte (sem detalhes que não lembro): não estar doente (gripe, resfriado, etc), tomar 1 dose e 2 reforços e fazer prova de título de anticorpos para verificar se houve imunização. Eles têm um valor que seria o mínimo para uma proteção eficaz e se a pessoa vacinada apresentasse algo abaixo teria que repetir a vacinação.

        Então como nossas campanhas de vacinação anti-rábica são eficientes? Pessoas não habilitadas para saúde-animal, voluntárias (não as critico, pois auxiliam no que lhes é requisitado) vacinam animais que se encontram numa fila, muitas vezes debaixo de sol quente, num imenso stress (muitos nunca saem para passear a não ser no dia da vacinação), alguns (pra não dizer vários) com sarna, diarréia ou qualquer outra coisa que não é verificada. Não vou entrar em detalhes mórbidos de sanidade para não gerar um problema político num blog, mas saibam que já participei de campanha de vacinação e vi o que me pediam... Fora dos protocolos de saúde e higiene. Como algo assim pode ser efetivo??? Ou todos os estudos de imunologia estão errados ou esses métodos de vacinação estão errados... não tem como dizer sim pra um e pra outro, pois são contraditórios em muitas partes.

        O argumento para cães vacinados e que mesmo assim adoecem (cinomose, parvovirose principalmente) era porque haviam utilizado vacinas nacionais e não as importadas que só os veterinários têm acesso. Então quando um animal que tomou essa vacina importada no veterinário e ainda assim ficou doente, foi culpa das estatísticas, pois as vacinas não têm 100% de eficácia. São diversas informações que não servem para outra coisa a não ser para dar desculpas para as falhas imensas de um método há muito já notado como falho.
        Não vou citar as inúmeras mortes de animais pela última vacinação anti-rábica, pois não é necessário forjar mais desculpas...
        Esse texto não apela à não vacinação (ainda), mas sim para o nascimento do pensamento crítico... Basta que façamos perguntas simples acerca de nossas práticas para que possamos perceber quantas perguntas não são respondidas ou quantas respostas são insatisfatórias.

        É isso aí! Podem comentar!
        Abraços

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O Nascimento - versão moderna

Talvez este vídeo pareça piada, mas o triste é que não é. Apesar de exagerar alguns fatos, ou falar de maneira não ortodoxa sobre eles, representa muito bem a realidade dos partos realizados em hospitais hoje em dia. As legendas algumas vezes não representam exatamente o que é dito, mas isto não compromete a mensagem de nenhuma maneira.

Divirtam-se!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Homeopatia e Religião

É comum encontrar situações em que as pessoas perguntam se há relações entre a Homeopatia e alguma religião. Imagino que isto aconteça porque muitos leigos pensam que para a Homeopatia funcionar é necessário acreditar, tendo esta pergunta eu mesmo presenciado certa vez. É importante deixar claro: a Homeopatia é uma ciência, seus fundamentos não são baseados em nenhuma religião, e não é necessário acreditar em nenhuma delas, teísta ou não, para que os medicamentos funcionem, ou mesmo no fato que eles funcionem, para obter algum efeito. Prova disto é o efeito do tratamento homeopático em animais, que até onde eu saiba não possuem religião ou convicção no funcionamento do medicamento. Conheço pessoas de diferentes religiões, e até mesmo ateus, que concordam no mesmo ponto: a Homeopatia funciona.

A imaginação humana é posta a prova sempre que não encontra uma explicação clara para um assunto qualquer. No caso do funcionamento do medicamento homeopático, a química é categórica. Não existe ação por este caminho. Surge então as mais variadas explicações sobre o processo, muitas incuindo a presença divina. Mas se procurarmos em algumas outras fontes, encontraremos respostas peculiares.

Hahnemann, o criador da Homeopatia, deveria ser sempre o primeiro a ser consultado em casos assim. Infelizmente, é comum ser o último. Ele diz claramente sobre o funcionamento dos medicamentos que não sabe porquê funciona, mas não deixaria de usar algo que sabe que funciona, e para o que serve, por este motivo. Este exemplo mostra o aspecto prático que ele utilizava para resolver seus problemas, usando uma aproximação positivista do assunto. As discussões metafísicas do processo foram deixadas de lado por ele, pois sabia que este enfoque seria estéril.

Do ponto de vista da física moderna, encontramos outra situação. Com os estudos mais recentes acerca das estruturas moleculares e suas propriedades íntimas, abrem-se novas possibilidades para avaliação. Apesar de estudos na área já terem sido elaborados, a comunidade científica ainda é relutante em aceitá-los, mas para qualquer um que assistiu o filme "Quem Somos Nós", que ficou famoso algum tempo atrás, ou ainda alguma coisa sobre o gênero, fica clara a possibilidade de funcionamento da Homeopatia por este caminho.

No final, resta a conclusão que, se não sabemos a explicação para determinado fenômeno, não significa que ele não ocorra, ou que sua ocorrência é marcada por uma intervenção divina direta, mas que somente este campo de conhecimento ainda não foi devidamente explorado. Talvez as correlações feitas entre Homeopatia e religiões sejam interessantes e até úteis, se formos avaliar do ponto de vista da satisfação da curiosidade, mas nunca elas devem ultrapassar esta linha de ação pessoal e influenciar nos aspectos práticos da técnica.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

O que é cura?

Muitas vezes, durante um tratamento, surgem as perguntas relativas ao prognóstico do caso. Geralmente é o clássico "mas ele(a) vai ficar bom?", mas podem assumir outras formas, dependendo do caso. "Ele(a) vai sofrer" é uma derivação comum. Quais as possíveis respostas neste momento? As respostas dependem de tantos fatores que é impossível uma previsão acurada. O máximo que se pode dizer com certeza é que dependerá da predisposição individual, mas isto também não responde muito. É importante, nestas ocasiões, lembrar da pergunta: o que é cura?

Não é sensato esperar respostas semelhantes de animais jovens com febre e de animais idosos com neoplasias em estados terminais. Mas também é fatalista demais dizer que um caso não tem cura. Claro que em algumas situações não se espera que a doença crônica se resolva, como que por mágica, mas se a avaliação do conceito de cura for revista, pode-se então alcança-la com relativo sucesso.

O caso do Tuco se encaixa aqui, para ilustrar a situação. Tuco foi um boxer bastante simpático, no qual se diagnosticou um tumor no cérebro, de aproximadamente 2 cm. em decorrência disto ele sofria de algumas convulsões. Ao se iniciar o tratamento, tinha-se em mente que a resolução completa do caso era muito difícil de ser alcançada, mas não por isso ele não foi tratado. Tuco teve, com o tratamento, mas alguns meses de vida com qualidade. Somente nos seus dois últimos dias de vida que as convulsões voltaram. No exame necroscópico, verificou-se que a massa tumoral comprimia marcantemente o encéfalo devido ao seu tamanho, a ponto de se afirmar que não se sabia como ele mantinha vida normal até ali.

A primeira vista, parece que não houve cura neste caso, pois o animal veio a óbito. Porém, considerando as circunstâncias e perspectivas de tratamento fora da Homeopatia, houve uma cura neste caso, pois Tuco pôde exercer as suas atividades normais por um tempo prolongado perto do que se esperava sem tratamento.

Neste caso, considera-se cura como a transformação de um estado mórbido em um estado saudável, e colocando a definição de Hahnemann de Saúde como o estado em que o ser pode alcançar os mais altos fins de sua existência (lembrando que o foco aqui são humanos). Quem pode dizer que os objetivos não foram alcançados?

terça-feira, 2 de março de 2010

Tratamento contra pulgas em neonatos

Um colega da faculdade me disse certa vez que não acreditava em Homeopatia, como se isso fosse questão de crença. Quando questionei sobre o fato de existirem exemplos de eficácia na medicina veterinária, visto que a explicação dele para o funcionamento em humanos baseava-se em efeito placebo, ele disse que era o efeito placebo no dono, que se tranferia, por algum tipo de indução, para o animal. Lendo em alguns sites na internet sobre as críticas à Homeopatia, encontrei a mesma teoria exposta como verdade absoluta.
É preciso só um pouco de bom senso para perceber que esta explicação é mais absurda do que dizer, sem nenhum conhecimento sobre o assunto, de que a Homeopatia funciona, ou não. Claro que tendo algum conhecimento dos fatos, não é difícil perceber que esta funciona.

De qualquer maneira, esta história me voltou à memória esses dias, quando uma amiga minha me ligou pedindo uma indicação sobre um caso de infestação de pulgas em cães recém nascidos. Estes ainda estavam com a mãe, que os amamentavam e que também sofria com os parasitas. Seguindo a indicação de Hahnemann, o medicamento foi administrado somente à mãe, pois o metabolismo de um lactente não responde corretamente aos medicamentos dados diretamente, mas tem uma boa resposta ao beber o leite da mãe tratada. Em alguns dias, ao questionar esta amiga sobre o estado dos filhotes, esta me respondeu que grande parte das pulgas haviam morrido, e as que ainda viviam estavam lentas, e era simples tira-las com a mão.

Voltando ao caso do meu amigo, o questionamento que fica é se eu consigo, através de placebo, influenciar as pulgas que, sabendo do tratamento, seriam induzidas ao suicídio. O tratamento alopático para pulgas consiste em envenená-las, e em nenhum momento considera a imunidade do animal como fator decisivo. Portanto, fica complicado para um crítico da Homeopatia explicar, por essa teoria, como houve tal indução.
Nota: Eu não expus qual foi o medicamento utilizado intencionalmente, para não criar idéias falsas sobre a Homeopatia. Mesmo que funcione em grande parte dos caso, não é em todas as circunstâncias que um medicamento resolverá problemas específicos, como o de pulgas. Dependerá, sempre, de fatores diversos, que podem alterar até a mais simples das indicações.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Método Plus

O Método Plus consiste em diluir os glóbulos do medicamento indicado em uma certa quantidade de água, que será administrada ao paciente em intervalos curtos, por um período de tempo pré-determinado.

Este é um ponto bastante importante para elucidar dúvidas que são comuns durante o período de aproximação entre paciente e Homeopatia. Frequentemente é utilizado para o tratamento os "glóbulos diluídos em meio copo de água, a cada dez minutos", e muitos questionam a real importância deste fato, ou não sabem como proceder quanto aos detalhes do procedimento.

É vital ressaltar por quê ser feito o Método Plus. Este serve para reforçar o efeito do medicamento sem repetir exatamente a mesma potência já usada. Em doenças agudas, em que o plus é requisitado, o organismo doente esgota com grande velocidade o poder medicamentoso ao qual foi exposto, portanto é imprescindível administrá-lo novamente em intervalos curtos, se o objetivo for manter o efeito por um tempo prolongado.

Quanto à necessidade de não se repetir a potência já utilizada, a relevância deste motivo advém dos escritos do próprio criador da Homeopatia. Na sexta e última edição de sua mais importante obra, o Organon da Arte de Curar, Hahnemann enfatiza este fator, baseado em suas observações clínicas. Dizia ele que quando as doses são dadas repetidamente sem nenhuma alteração por meio da dinamização, a segunda dose anula total ou parcialmente o efeito da primeira, atrasando a obtenção de resultados.

Isto acontece porque a Homeopatia funciona pelo chamado Efeito Rebote, ou Ação Paradoxal. A ação primária do medicamento causa uma doença artificial no organismo, que gera deste uma resposta para tentar neutralizar o remédio. Esta resposta é exatamente o que espera o homeopata, e o que ocasionará a cura.

Porém, se uma dose exatamente igual do medicamento for administrada logo a seguir, o organismo a reconhece de imediato, pois já teve contato com uma idêntica, e neutraliza seu efeito, parando de responder ao tratamento. Uma alteração desta dosagem, por mais leve que seja, faz com que o corpo não reconheça o medicamento e reaja à ele, acelerando assim a cura, pois não mais o estímulo é igual, mas apenas semelhante.

Vale relembrar que o funcionamento do medicamento homeopático se dá por estímulo físico, não químico. Desta maneira, o fato de agitar um tanto a diluição, apesar de não alterar a "concentração" da mistura, faz com que a frequência de vibração do medicamento seja alterada o suficiente para causar uma resposta diferente do organismo.

Uma dúvida comum sobre o Método Plus é sobre sua "validade". Uma vez diluído, o medicamento tem um efeito satisfatório por três dias, e não é preciso diluir mais dois glóbulos toda vez que se queira efutuar o tratamento.

Caso haja interesse em entender mais sobre a frequência de vibração dos medicamentos, existe um trabalho de doutorado no Instituto de Física da Universidade de São Paulo que explica este fenômeno. É só pedir uma cópia por e-mail que eu o envio.